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Duas décadas do Facebook: a publicidade como forma de promover mais diversidade e inclusão

O Facebook chega aos 20 anos de existência. É inegável o impacto que essa plataforma teve na forma como as pessoas se conectam, comunicam, interagem e fazem negócios. 

Nos últimos anos, a rede social tem lançado diferentes relatórios sobre diversidade e inclusão e lançado serviços para apoiar as empresas na segmentação dos anúncios e na reflexão sobre se as peças refletem a diversidade de suas audiências e da sociedade.

Mesmo que ainda com enorme espaço a melhorar, o Facebook tem se posicionado como uma plataforma aliada na promoção de mais diversidade e inclusão na publicidade, especialmente através de ferramentas como o Ads4equality. Ao informar algumas características (gênero, raça e tipo de corpo) de quem protagonizou suas últimas cinco campanhas, a ferramenta compara as características de seus anúncios com dados demográficos. Se um grupo de pessoas estiver sendo sub-representado, a ferramenta sugere que, para a próxima campanha, você tenha um protagonista representante desse grupo.

O poder da representação

“Você não pode ser aquilo que não pode ver”. A frase é da respeitada ativista americana por direitos civis Marian Edelman, e representa bem a importância da representatividade na publicidade. Gosto particularmente do exemplo de crianças negras que aprendem a amar seus cabelos crespos por hoje verem muito mais publicidade de produtos para esse tipo de textura capilar, protagonistas de novelas e celebridades cacheadas, levando inclusive suas mães e cuidadores a também amarem seus cabelos.

Pessoas de grupo sub-representados representam um enorme potencial de compra. Mas hoje, além de ainda não serem representadas usualmente nas campanhas, ainda existem dificuldade de acesso – como no caso de pessoas com deficiência, pela ausência de acessibilidade na comunicação e falhas na própria usabilidade dos produtos. São muitos os exemplos, como no caso da moda que ainda engatinha para poder vestir diferentes tamanhos e formatos corporais. 

Ao permitir que os anunciantes segmentem suas campanhas com base em uma variedade de critérios demográficos, interesses e comportamentos, o Facebook encoraja marcas a alcançar públicos diversos de maneira mais eficaz. Além disso, a plataforma tem incentivado ativamente a representação inclusiva em suas próprias campanhas, destacando histórias e experiências de pessoas de diferentes origens, raças, etnias, culturas, gênero, orientações sexuais, identidades de gênero, tamanhos corporais, religiões, deficiências, e gerações.

À medida que a rede inicia sua terceira década de existência e ultrapassa 3 bilhões de usuários, espera-se que seu compromisso com a promoção da diversidade se amplie, não apenas na publicidade, mas em como a plataforma reconhece o poder do seu alcance, aprofundando discussões sobre disseminação de falsas notícias, saúde mental, publicidade enganosa e de discursos de ódio.

Artigo por Natália Públio – vice-presidente da APP Campinas e cofundadora da Mezcla Diversidade

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